Após esta fase, o governo pretende publicar, ainda neste ano, a data de uma nova audiência pública para a realização de uma PPP (Parceria Público-Privada) e relicitação da obra. Pelissoni não acredita que o cenário eleitoral vá interferir neste processo. “Não acreditamos que nenhum candidato irá abandonar a linha. Nós temos todas as desapropriações realizadas, o projeto pronto, as áreas públicas liberadas e R$ 1,750 bilhão em financiamento do BNDES pronto para retomar a obra”.

Em 2015, a Move São Paulo (formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia) ficou com a missão de construir e operar a Linha 6-Laranja ao custo de R$ 8 bilhões, mas em três anos entregou apenas 15% da obra pronta. As empresas que formam a concessionária não conseguiram mais empréstimos para o financiamento de obras depois que passaram a ser investigadas pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2016, a construção da linha precisou ser suspensa.

O consórcio Move São Paulo chegou a apresentar uma proposta de repasse do controle da concessão da Linha 6-Laranja para um grupo formado pela Mitsui, já sócia do negócio, um grupo de investidores japoneses, e duas empresas chinesas do setor ferroviário, a China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd. Mas as negociações fracassaram.

“Temos plena convicção de que toda a culpa pela não realização da obra é do consórcio privado”, concluiu o secretário.

Fonte: Revista Ferroviária