2017 É UM ANO DECISIVO PARA O METRÔ ELEVADO DE BOGOTÁ terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

BOGOTÁ, COLÔMBIA. – Este ano de 2017 é decisivo para saber se o projeto do metrô elevado é viável para Bogotá. De acordo com os cálculos da Prefeitura, no transcurso do ano a obra seria concedida, mas foi verificado que existem problemas em sua formação e a empresa Metrô, da mesma forma, tem enfrentado ações legais, uma vez que caducaram as vigências futuras aprovadas pelo Conselho Distrital.

 

O Distrito tem que apresentar um novo projeto de vigências futuras, pois como foi confirmado pela Secretaria da Fazenda de Bogotá, estas vigências aprovadas pelo Conselho Distrital para a construção do Metrô, caducaram porque o contrato com o Governo Nacional não foi assinado a tempo.

 

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Com respeito a este inconveniente, o gerente da Empresa Metrô, Andrés Escobar Uribe, assegurou que caducaram as vigências futuras, mas o projeto não ficou sem fundos, e revelou que antes de finalizar o ano de 2017, serão iniciadas as primeiras obras prévias à construção.

 

Por outro lado, uma das ações legais que abalou o projeto do metrô elevado foi instaurada pelo conselheiro Hollman Morris, quem questionou que o Conselho aprovará ao Distrito uma verba de vigências futuras no valor de 4 bilhões de pesos.  Para Morris, estes recursos que foram aprovados pela prefeitura somente poderiam ser utilizados no metrô subterrâneo, o qual contou com 8 anos de estudos.

 

Apesar do argumento do conselheiro Morris, o 54º Tribunal Administrativo de Bogotá declarou improcedente a ação de cumprimento arquivado. De acordo com a juiza, Maria Carolina Torres, o Acordo o qual o Conselho aprovou as vigências futuras “é uma das etapas para desenvolver a primeira linha do metrô e não a ordem expressa de realizá-lo”.

 

Vale lembrar que o Distrito decidiu trocar o metrô subterrâneo por um elevado, pois segundo estudos realizados pela empresa francesa Systra, esta mudança resultaria em uma economia de 4,4 bilhões de pesos em seu investimento, como também os custos de operação e manutenção seriam 25% inferiores aos custos do subterrâneo.

 

Também, segundo foi ser estabelecido pelo El COLOMBIANO, no dia de ontem foi assinado o contrato entre a Systra e a Ingetec para a elaboração dos estudos de engenharia básica do projeto.  Estes estudos custarão 22.800 milhões de pesos e estarão prontos em um prazo de 8 meses.

 

A congressista Angélica Lozano, observa que os prazos mencionados pela Prefeitura não se aproxima da realidade, pois “para elaborar esses estudos é necessário estruturar um Conpes (Conselho Nacional de Política Econômica e Social) e por último elaborar os documentos de licitação.  A congressista afirmou que, “É possível humana e tecnicamente que a obra seja outorgada no início de 2018 e, por conseguinte, a obra estará terminada em 2022.

 

Por outro lado, a conselheira Lúcia Bastidas acredita que o projeto cumprirá com seus prazos.  “A empresa do Metrô está avançando, comprando propriedades, transferindo redes. Também conta com o apoio da nação. Vemos que se avança no acordo com o cronograma previsto”.

 

No momento, a incerteza segue presente em todas as posturas com relação ao metrô elevado de Bogotá, o que obrigará a empresa Metrô a empreender uma corrida contra o tempo que não dará espaço nem para erros nem para atrasos.        

 

FONTE: Confidencial Colômbia