A TARIFA FIXA É APROVADA PARA O TRANSPORTE PÚBLICO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BARCELONA, UM PRIMEIRO PASSO DO NOVO MODELO TARIFÁRIO quinta-feira, 22 de novembro de 2018

CATALUNHA, ESPANHA. – O Conselho de Administração da ATM aprovou hoje a aplicação de uma tarifa fixa para os deslocamentos entre os diferentes municípios da Região Metropolitana de Barcelona (AMB), independentemente da zona tarifária à qual pertencem (zonas 1, 2A, 2B e 2C). Esta medida será aplicada a partir do 1º de janeiro 2019, unicamente nos trajetos que têm origem dentro dos 36 municípios que fazem parte da AMB, e não supõem nenhuma mudança de zona tarifária.

 

O presidente do Conselho de Administração da ATM e conselheiro de Território e Sustentabilidade, Damião Calvet, o Vice-Presidente de Mobilidade e Transporte da AMB, Antoni Poveda e tenente da Prefeitura em Ecologia, Urbanismo e Mobilidade da Prefeitura Municipal de Barcelona, Janet Sanz, deram hoje detalhes do novo modelo, que supõe ser a base de um novo sistema de integração tarifária que esperam estabelecer a partir do ano 2021.

 Calvet sublinhou que esta tarifa fixa “é o primeiro passo do novo sistema tarifário do futuro que queremos pôr em prática a partir de 2021. Um novo sistema, que é uma segunda revolução tarifária depois da primeira, que foi feita faz 20 anos”. Segundo Calvet, trata-se de facilitar os deslocamentos dos cidadãos, pois “com o novo modelo, o transporte público é reforçado como sistema único, global, e em rede, e reforçamos a mobilidade sustentável para combater a mudança climática e a poluição atmosférica”.

O responsável de Território e Sustentabilidade insistiu no fato que a tarifa fixa que integrará os 36 municípios metropolitanos não supõe, “em caso nenhum”, uma mudança de zona tarifária entre estes municípios. Ele reforçou a importância deste acordo, já que vai beneficiar “mais de 3 milhões de cidadãos, e vai também supor um aumento da demanda de viagens, que calculamos em 4.6 milhões de novas viagens”.

“O acordo de hoje é histórico”, declarou e comemorou o vice-presidente de Mobilidade e Transporte da AMB, Antoni Poveda. “É com esta tarifa metropolitana, com preço de uma zona só, que damos início a um percurso para tornar o transporte público mais acessível”, ele complementou, relembrando que se tratava de uma antiga reivindicação dos moradores e prefeitos dos municípios metropolitanos da segunda zona de municípios. “Numa segunda fase, também contemplamos um plano com melhorias de serviços”, acrescentou.

Neste sentido, com medidas como estas, que favorecem a mudança de hábitos em direção a uma mobilidade mais sustentável, Poveda relembrou que a AMB procura congregar usuários do veículo privado, no transporte público. “Queremos reduzir os congestionamentos das vias principais e, principalmente, a poluição atmosférica que eles ocasionam. Melhorar o ar que respiramos. É um tema de saúde”, insistiu.

Com esta nova tarifa, um aumento da demanda de transporte público é previsto, de 4.6 milhões de viagens, que serão somados aos 50 milhões de viagens anuais realizados atualmente entre os municípios da AMB da primeira e da segunda zona.

Financiamento da atuação

A lei 21/2015, do 29 de julho, sobre o financiamento do transporte público da Catalunha, requer a previsão do financiamento das medidas que serão tomadas. Para este efeito, a AMB impulsou a ampliação do setor metropolitano aos 18 municípios da segunda zona de municípios, que não tinham o sistema implementado até então.

Os custos previstos da ação se estimam entre os 17 e 23 milhões de euros, dos quais 17 milhões serão contribuição da AMB. Uma vez concluído o ano 2019, o balanço correspondente dos custos reais será realizado, e o financiamento do déficit resultante será determinado.   

Evolução do atual modelo tarifário

A criação desta zona metropolitana de tarifa fixa faz parte do futuro modelo tarifário quilométrico que será aplicado a partir de 2021 no âmbito da ATM de Barcelona e, posteriormente, em toda Catalunha. O novo modelo prevê um sistema de tarifa em função dos quilômetros percorridos dentro do sistema tarifário integrado, com saltos de 5 km a partir dos primeiros 10 km de trajeto, em convivência com a nova zona de tarifa fixa (36 municípios), que será mantida. Também poderão ser criados outros setores de tarifa fixa em diferentes zonas da Catalunha.