CBTU Belo Horizonte testa o uso de trens acoplados sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Com oito carros de passageiros, a capacidade do trem sobe para cerca de 2 mil lugares a cada viagem, considerando a distribuição nominal de 6 passageiros por metro quadrado. Se esta medida vier a ser implantada, cada composição dupla seria formada por oito carros, com cabines bidirecionais nas extremidades. A velocidade comercial dos trens duplos continuará sendo a mesma das composições atuais de quatro carros, circulando com velocidades de 60 km/h e 80 km/h.

Em agosto, está previsto mais um teste nos mesmos moldes do anterior no horário de pico da tarde, acoplando o TUE-23 ao TUE-25, permitindo verificar a performance do trem duplo, o comportamento dos usuários, os reflexos nas estações e nas rotinas das equipes da Operação.

O superintendente Jorge Vieira disse que os resultdos obtidos nos testes abrem novas possibilidade para a operação do sistema. “O metrô responde pelo deslocamento diário de mais de 230 mil pessoas e isso sinaliza a importância da nossa contribuição para a mobilidade urbana na RMBH. As viagens experimentais realizadas no pico da manhã comprovaram possibilidades reais da CBTU vir a operar com composições acopladas, atendendo melhor às necessidades dos usuários e abrindo novas janelas de oportunidade”, avalia.

Resultados

Comandado pelas gerências de Manutenção e Operação, a realização do primeiro teste permitiu o acoplamento dos TUE’s 01 e 15 e serviu para aferir o funcionamento dos diversos sistemas em condições reais de circulação dos trens, tais como freios, conjunto pneumático, portas, iluminação interna e externa, informações ao passageiro, comandos operacionais, energia de tração, energia auxiliar, sistemas mecânicos (truques, engates, estrutura) e climatização.

Segundo o gerente regional Marcos Barbi, o desempenho dos trens, tanto em tração quanto em frenagem, foi excelente. “Essa medida proporciona um conforto considerável ao usuário e à evacuação das plataformas de Vilarinho e São Gabriel, mas para a circulação de trens acoplados virar realidade ainda será necessário garantir investimentos na compra de mais trens e na adequação de estações.” Barbi destacou ainda elogios dos usuários e de funcionários nos dias que se seguiram à realização do teste.

O gerente regional de Manutenção, Fernando Pinho, está otimista com os resultados, mas preza pela cautela com relação à utilização efetiva das composições duplas. “Os testes foram bastante positivos, mas uma alteração como essa requer readaptações e treinamentos. É uma avaliação para ser aplicada no futuro, com a chegada dos 10 novos trens, que serão fundamentais no nosso dia a dia e que começam a chegar em 2014”.